A primeira novidade desde ano é que a partir de agora vamos começar a fazer o registro de experiências pessoais (minhas e da Grazi) contando a vocês nossas expectativas atendidas e frustrações em ações solidárias. Seremos muito sinceras e falaremos sim das experiências ruins porque acreditamos que para solucionar um problema primeiro é preciso detectá-lo. E para inaugurar esse espaço eu (Daiane) vou relatar como foi minha primeira participação (e até agora única) com financiamento coletivo.
Eu já tinha comentado aqui no blog sobre o início do meu apoio ao livro de crônicas do jornalista curitibano Beto Pacheco (para quem não lembra a matéria pode ser acessada aqui). O que vou compartilhar agora é o desfecho dessa história.
Foi um sufoco danado para o autor da proposta conseguir atingir a quantia mínima para poder receber as doações e viabilizar o projeto. O valor de R$ 8,6 mil só conseguiu ser atingido e superado (no total foram doados R$ 8.960) no último dia de arrecadação.
O interessante é que depois que você colabora com o projeto fica na expectativa para que ele possa ser financiado o mais breve possível. Não sei se isso acontece por causa das recompensas prometidas aos doadores. Só sei que, sem falsa modéstia, com certeza, é um grande incentivo. Neste caso, a minha contribuição dava direito a receber um exemplar impresso. E eu queria muito ter a oportunidade de ler e ter comigo o livro que representa a concretização do sonho de alguém.
Enfim, o valor foi atingido no último dia de arrecadação e o projeto foi financiado no início de agosto do ano passado. De lá para cá o escritor do livro, e autor do projeto, estava em constante contato por e-mail, enviando mensagens sobre o andamento do processo de produção do livro. Isso passou muita segurança e, por isso, em momento algum eu tive medo de ser passada para trás e não receber o prometido.
Em dezembro, os apoiadores foram comunicados do lançamento oficial do livro em um bar de Curitiba. Infelizmente, devido a correria de fim de ano eu e muitas outras pessoas não pudemos comparecer ao evento. Mas já sabíamos que quem não retirasse o exemplar na cerimônia o receberia em casa pelos Correios e assim o foi.
Agora em janeiro, há algumas semanas, tive o privilégio de receber o livro em minha residência. Fiquei tão contente que a publicação parecia ser um pouco minha. E junto com ele ainda recebi duas maravilhosas surpresas. Uma foi a dedicatória feita pelo próprio autor. A outra foi ver o meu nome publicado no espaço reservado aos apoiadores sendo que a quantia contribuída não incluía esse tipo de retribuição.
Ainda não li o livro. Mas estou ansiosíssima por fazê-lo. Tudo me leva a crer que será uma leitura muito prazerosa e única. Afinal, nunca tive o privilégio de ler um livro do qual eu contribui para sua realização, mesmo que com muito pouco. Ah, não posso deixar de mencionar que o livro “O fantástico mundo das quinquilharias” (editora Íthala) em menos de um mês chegou a ser um dos três mais vendidos na Amazon, na categoria “Humor”, e um dos 15 mais vendidos na categoria “Contos”. Fato que aguça ainda mais minha curiosidade e vontade de lê-lo.
Ou seja, nem precisa dizer que esta foi uma experiência muito positiva para mim, que me dá mais segurança para apoiar outros projetos interessantes neste modelo de financiamento coletivo. A proposta foi realizada por meio do site Catarse. Mais informações sobre o projeto, livro e autor pode ser obtidas aqui.
Espero que vocês tenham gostado desse novo formato no blog. Até a próxima.